De um dia para o outro, escolas foram fechadas, o convívio com os amigos foi interrompido e a rotina mudou drasticamente, trazendo um novo mundo para todos, principalmente para os pequenos.
Segundo estudo
realizado, Repercussões da Pandemia de COVID-19 no Desenvolvimento Infantil,
produzido pelo comitê científico do Núcleo de Ciência Pela Infância
(NCPI), o distanciamento social pode acentuar ou fazer surgir
algumas dificuldades funcionais e comportamentais nas crianças. O levantamento
mostra evidências neurocientíficas que comprovam que o cérebro das crianças de
0 a 6 anos está reagindo, neste contexto, da mesma maneira que reagiriam a
conflitos e desastres naturais. Além do medo e do estresse, é possível observar
irritabilidade, maior apego aos pais, agitação e até mesmo infantilização nas
falas e comportamentos regressivos.
A irregularidade na
rotina faz as crianças sentirem e reagirem, mesmo sem saber como lidar com isso.
Tanto os pais, quanto as crianças precisam de suporte neste momento. Repensar
um espaço seguro, dispensar tempo para as brincadeiras e o faz de conta, dar
atenção aos sentimentos e acolher as emoções, são exemplos de iniciativas que
facilitam a reorganização do mundo da criança.
Quando o adulto demonstra
carinho e sensibilidade às manifestações das crianças, ainda que sejam as mais
básicas como fome, sono ou irritabilidade, esse acolhimento ajuda a construir
uma base segura, onde os pequenos se sentem aceitos e protegidos.
Conversar, escutar,
cantar e dispor de tempo a comunicação, faz com que seja mais fácil para as
crianças controlarem suas emoções em situação de estresse.
A partir de
brincadeiras, as crianças são capazes de ganhar autonomia e estimular
descobertas é fundamental para desenvolver habilidades cognitivas. Brincar é a forma que as
crianças têm de organizar e dar sentido ao mundo, sendo uma das formas de
desenvolvimento mais importantes.
Eliane Duque -
psicóloga
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