Empatia
é um sentimento que só pode se manifestar quando alguém se coloca no lugar do
outro. A empatia está relacionada à compaixão e identificação. Uma pessoa sem
empatia com o próximo pode ter desenvolvido transtorno de conduta ainda quando
era criança, e depois ter evoluído para um transtorno de personalidade. Uma
criança que viola os direitos alheios, que é agressiva, ou faz até pequenos
furtos, além de não se relacionar bem com os amigos, é sinal de alerta.
É
comum essas pessoas sem empatia serem apontadas como psicopatas, mas existem diferenças.
A psicopatia apresenta uma desordem de personalidade, ou seja, são pessoas
frias, manipuladoras e calculistas. Já as narcísicas são voltadas para elas
mesma, mas apresentam emoção, porém ignoram o outro.
Pais
sem tempo para os filhos, que trabalham o dia inteiro e deixam os filhos serem
educados por terceiros, acabam se sentindo culpados e com isso não dão os
limites necessários para os filhos, para que eles se sintam amados por eles. A personalidade
da criança é uma construção e conta com contribuições hereditárias e
experiências sociais.
A
educação da família é fundamental para a construção do comportamento das
crianças. Temos uma geração na qual os sentimentos não são importantes, mas sim
o dinheiro, a posse. Sem afetos, só bens materiais, como se um pudesse
substituir o outro. Essa geração entende
sofrimento como fracasso, e não como algo que faz parte da vida. Agem impulsivamente,
não planejam suas ações, trocam de parceiros compulsivamente e projetam a culpa
sempre nos outros.
A
empatia é uma competência que só se desenvolve na prática. Não julgar, escutar
o outro, estar disposto a ouvir e ajudar, reconhecer as diferenças, tratar bem
as pessoas, ser gentil e demonstrar confiança, pode ser o caminho para relações
empáticas e duradouras.
Eliane
Duque - psicóloga
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